tag:blogger.com,1999:blog-69414664004675905482024-03-12T20:35:41.337-07:00TeatroBrasil.CIAAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/04443710224656003137noreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-6941466400467590548.post-69513340775587476872012-11-05T18:01:00.004-08:002012-11-05T18:01:36.308-08:00Um elogio com ar de reflexão.<span class="userContent">Por Fernando Lopes Lima<br /> </span><span class="userContent">
“Jantando com Isabel” é uma belíssima comédia romântica. Os personagens
são absurdos e ordinários respeitando os preceitos de uma boa história
de amor. O Texto de Furio Lonza é profundo sem ser obscuro, o que nos
leva a torcer pelos dois personagens do início ao fim sem dificuldades;
tal é o refinamento desta peça que chega ao ponto de quase</span><br /><span class="userContent"> </span><br />
<div class="text_exposed_show">
nos
esquecermos que estamos diante de uma obra de ficção ou mesmo dentro de
um teatro, característica essa, ouso dizer, de uma obra prima. O espaço
ajuda bastante neste sentido, tudo é grande como no cinema. Próximo.
Intimo.</div>
<br /><span class="userContent"><div class="text_exposed_show">
A direção casou com o texto. Um matrimonio perfeito entre
autor e diretor. Henrique Tavares é correto, parece ser desses diretores
que não estão querendo provar nada pra ninguém, sabe como tem que ser e
não fica querendo aparecer como encenador. É um verdadeiro condutor da
obra, para não dizer, um facilitador, permite que a plateia embarque na
trama.</div>
</span><br /><span class="userContent"><div class="text_exposed_show">
O elenco é extraordinário, os dois foram feitos para aqueles
papeis, claro, os papeis foram criados para eles, nisso o Furio foi
genial. Isaac Bernardes e Xando Graça me lembram os palhaços clássicos
italianos, o Branco e o Augusto. Os dois estão lá vivendo aqueles papeis
de seres medíocres sem se importarem com a gente, jogando uma pelada
com ares de decisão de campeonato. Um jogo de craques, sabem estar com a
bola, sabem passar a bola um para o outro; uma verdadeira aula de
teatro, para não dizer de futebol. O Xando é sensível, leve, engraçado,
tem a tristeza comovente dos grande palhaços e o Issac é uma catalizador
perfeito, controla o jogo como um técnico, preciso e refinado.</div>
</span><br /><span class="userContent"><div class="text_exposed_show">
O <a data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=100000025261182" href="http://www.facebook.com/aurelio.simoni">Aurélio de Simoni</a>
é sempre um homem a serviço do teatro </div>
<div class="text_exposed_show">
(o velho é foda) e todos os
artistas que fazem parte deste projeto dialogam perfeitamente com a
obra. Uma preciosidade do nosso teatro. Desejo que cada vez mais, nós
sigamos estes exemplos, não para nos engessarmos, com o perdão da má
palavra, mas para tornar a ida ao teatro um prazer para todos. Obrigado e
vida longa a “Jantando com Isabel”.</div>
</span><br /><span class="userContent"><div class="text_exposed_show">
</div>
</span><span class="userContent"><div class="text_exposed_show">
(Jantando com Isabel está em cartaz até Domingo no Poeirinha)</div>
</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04443710224656003137noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6941466400467590548.post-75810807287962415822009-09-13T23:38:00.000-07:002009-09-13T23:38:49.354-07:00Comentário rapidoEssa semana eu vi duas boas peças e a semana promete com a vinda do Galpão para o Rio. Na Quinta eu vi "Por Um Fio" direção de Moacir Chaves e no Domingo enfrentei a maravilhosa saga de sete horas de peça, "Cacilda" direção de Zé Celso. Eu poderia fazer isso todos os dias.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04443710224656003137noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6941466400467590548.post-67448416497625789092009-05-06T20:18:00.000-07:002009-05-07T15:07:34.891-07:00Cia Atores de Laura é Moliére no seculo XXI<a href="http://1.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SgJp15iZ3YI/AAAAAAAAA_c/zvSFWnU5SJY/s1600-h/scapino.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 245px; height: 160px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SgJp15iZ3YI/AAAAAAAAA_c/zvSFWnU5SJY/s320/scapino.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5332941283459194242" /></a><br />As artimanhas de Scapino em cartaz no Teatro das Artes. (Shopping da Gávea)<br /><br />Caros leitintes, faz algum tempo que não me arrisco a fazer uma crítica aqui no meu blog de teatro. Sinto que me faltava inspiração. Hoje recebi um belo presente ao assistir a peça de Molière, As artimanhas de Scapino, belissimamente encenada pela Cia Atores de Laura. Venho aqui escrever minhas afecções sobre este trabalho. Este é mais um ensaio crítico.<br />O texto, além de ser escrito por um dos maiores comediógrafos do Século XVII, o francês Molière, é traduzido para o português pelo poeta e escritor brasileiro, Carlos Drumond de Andrade. Só isto já valeria a ida ao Teatro das Artes.<br />A Cia dos Atores de Laura tem dado provas de sua grandeza a cada peça encenada desde 1993. Desta vez não foi diferente. O diretor Daniel Herz conduz a encenação de maneira pratica e criativa. A direção é impecável. A luz é do premiado e experiente Aurélio de Simoni, é perfeitamente simples. A figurinista Heloísa Frederico caprichou nos detalhes e por este mérito ganhou o premio shell com louvor. O cenário é delicioso e muito bem explorado pela direção. Um espaço dentro do espaço. Um ponto "Zero", onde não há personagens, os atores são assistidos pelo público assistindo o espetáculo e o espaço de representação, tablado sobre tablado. As entradas e saídas são magnificas, marcando bem a diferença entre o lugar de encenação e os bastidores. Queridos, isto tudo não seria nada se não fossem os atores de Laura. O elenco é divinamente bem preparado e merece todos os aplausos recebidos em cena aberta. São gente de teatro da melhor qualidade. Charles Fricks (Scapino) tem a agilidade dos grandes comediantes. Anderson Mello (Argante) é carismático com suas bochechas e sua voz potente. João Marcelo Pallottino (Otavio) é uma flor de romantismo, quase uma dama. Leandro Castilho (Leandro) é um galã desengonçado. Maíra Graber (Zerbineta) com seu charme fofinho e sua racionalidade encanta e agrada. Marcio Fonseca (Silvestre) tira boas risadas da plateia com seu jeitinho frágil. Paulo Hamilton (Gerôncio) mostra toda sua capacidade expressiva. Vanessa Dantas (Jacinta) é uma mocinha cheia de graça. Não se perde nada deste elenco, a preparação vocal e corporal são um ponto alto do trabalho. <br />Bom teatro é pra ser visto. Por isso aconselho a todos os meus amigos a assistirem a peça As Artimanhas de Scapino, em cartaz no Teatro das Artes, Terças e Quartas as 21h.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04443710224656003137noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6941466400467590548.post-62495872139307828872008-07-25T21:01:00.000-07:002008-08-24T20:55:24.890-07:00CIRCUNCISÃO EM NOVA YORKQuerido leitintes<br /><br />Hoje fui assistir a peça CIRCUNCISÃO EM NOVA YORK, que está em cartaz no Teatro Villa Lobos em Copacabana. A peça foi escrita por João Bethencourt, que merece toda nossa admiração, não por este trabalho. A dramaturgia na melhor das hipóteses é boba, uma boa ideia com desenvolvimento característico das peças meramente comerciais. A direção é de Ricardo Kosovski que fez um trabalho modesto, sem teatralidade alguma, corroborando para a fragilidade do texto. Os atores se defendem muito bem, como podem, conseguem tirar boas risadas do público, a atriz Suzana Saldanha se mantém firme até o fim e agrada. Os atores Débora Lamm, Pitty Webo, Cláudio Garcia e Saulo Arcoverde são todos muito inteligentes e cumprem com profissionalismo seus papeis, merecem cada centavo que ganham com este trabalho. O ator Nildo Parente fará sempre bem seu personagem unico, cumpre sua função com competência. Porém, o destaque deste trabalho é o consagrado Francisco Cuoco, do início ao fim interpreta seu personagem com vigor e carisma digno dos grandes atores. Vale muito apena ver o Sr Francisco Cuoco nesta peça. <br /><br />Queridos, CIRCUNCISÃO EM NOVA YORK apesar de ser "bobinha", não desagrada, pode ser um bom programa pipoca.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04443710224656003137noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6941466400467590548.post-39511034440578149342008-07-15T21:37:00.000-07:002009-05-07T15:10:06.946-07:00Festivais de Inverno de Minas GeraisQueridos e amados leitintes<br /><br />Estou acompanhando o povo do Pé na Rua, projeto do Galpão Cine Horto na Estrada. Este ano a montagem ficou sob a direção de Inês Peixoto (Galpão) e Laura Bastos. Quem assina o texto é Paulo André (Galpão) que construiu a dramaturgia junto com o material que o elenco foi trazendo para o ensaio, o resultado é a fábula de Arande Gróvore, uma linda montagem infantil para a Rua. Paulo André criou uma língua nova, o Gróvores, a peça inteira é falada nesta língua. Os atores executam com tanta firmeza que ninguém deixa de embarcar nesta maravilhosa aventura. <br />Tenho o privilégio de estar acompanhando o grupo nesta nova etapa de apresentações pelos Festivais de Inverno que acontecem em varias cidades de Minas Gerais. No Domingo estivemos em Entre Rios, uma linda cidade próxima de BH que nos recebeu muito bem, o festival de inverno de Entre Rios está na sua terceira edição e é muito bem organizado, foi um Domingo lindo, com a praça cheia e o povo emocionado. Hoje (terça) nós iríamos para Congonhas, mas a produção do festival é completamente desorganizada e nos fez perder o dia, não apresentamos o espetáculo. Amanha estaremos embarcando para Diamantina onde, tudo indica, será maravilhoso.<br /><br />Arande Gróvore:<br />A peça, queridos, é emocionante. O trabalho foi feito com muito carinho por todos os participantes do projeto, o elenco junto com a direção percorreu o caminho da contação de historias, das fábulas e contos de fadas. Paulo André extraiu do material de ensaio os elementos para a dramaturgia, o autor optou por criar uma língua nova, misturando palavras, idiomas e dialetos, surgiu o "Grovores", língua que os personagens falam no reino de Arande Gróvore.<br />O elenco domina muito bem o "Grovores", fazendo com que a platéia entenda o que está sendo dito, não se perde nada... A peça pode ser vista em qualquer lugar do mundo. <br />O Figurino, as Rodantes (Bicicletas) e os adereços são lindos e nos fazem embarcar ainda mais no drama. Destaque para a trilha sonora de Fernando Muzzy, o som foi adaptado em uma das Rodantes, é fascinante, as músicas compõem o ambiente e envolve a cena. <br />Maravilhosas soluções de entradas e saídas de personagens, tudo acontece ali, na frente do público, mas a magia nunca é perdida. <br /><br />Queridos, adoro poder dividir um pouco desta experiência fantástica. <br />Teatro ainda é um otimo veiculo de paixão e libertação. Evoe.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04443710224656003137noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6941466400467590548.post-24501677308223084732008-06-13T11:06:00.000-07:002008-06-19T18:15:03.434-07:00Em Breve estreia em BH a peça Aronde Gróvore!<a href="http://1.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SFLBAJkI8UI/AAAAAAAAAlU/Y6a-IGNIZGs/s1600-h/Imag038.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://1.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SFLBAJkI8UI/AAAAAAAAAlU/Y6a-IGNIZGs/s200/Imag038.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5211439927132746050" /></a><br /><a href="http://3.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SFLBAZd9DBI/AAAAAAAAAlc/Qx5DDxroG4g/s1600-h/Imag035.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://3.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SFLBAZd9DBI/AAAAAAAAAlc/Qx5DDxroG4g/s200/Imag035.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5211439931401767954" /></a><br /><a href="http://3.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SFLBAYBhtXI/AAAAAAAAAlk/48TAhKZdp9s/s1600-h/Imag031.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://3.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SFLBAYBhtXI/AAAAAAAAAlk/48TAhKZdp9s/s200/Imag031.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5211439931014100338" /></a><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SFLAYhexFlI/AAAAAAAAAks/VmtfALJDZeA/s1600-h/Imag003.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://4.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SFLAYhexFlI/AAAAAAAAAks/VmtfALJDZeA/s200/Imag003.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5211439246357894738" /></a><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SFLAZBDrCVI/AAAAAAAAAk0/_71-saj-vxI/s1600-h/Imag044.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://4.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SFLAZBDrCVI/AAAAAAAAAk0/_71-saj-vxI/s200/Imag044.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5211439254834186578" /></a><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SFLAZGtZ6HI/AAAAAAAAAk8/4imkV5q_Qro/s1600-h/Imag026.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://2.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SFLAZGtZ6HI/AAAAAAAAAk8/4imkV5q_Qro/s200/Imag026.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5211439256351402098" /></a><br /><a href="http://3.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SFLAZQFRAoI/AAAAAAAAAlE/Ep1Hflkst_Q/s1600-h/Imag025.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://3.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SFLAZQFRAoI/AAAAAAAAAlE/Ep1Hflkst_Q/s200/Imag025.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5211439258867401346" /></a><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SFLAZT66-LI/AAAAAAAAAlM/MkWWxyP8WCc/s1600-h/Imag030.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://4.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SFLAZT66-LI/AAAAAAAAAlM/MkWWxyP8WCc/s200/Imag030.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5211439259897755826" /></a> Queridos Leitintes, aqui em BH pude acompanhar dois ensaios da montagem Aronde Gróvore, peça do Projeto Pé na Rua do Galpão Cine Horto, que tem estreia oficial prevista para Agosto. Digo com toda segurança que vai ser um belíssimo espetáculo de teatro de Rua. Acima algumas fotos de ensaio. Aguardem!Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04443710224656003137noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6941466400467590548.post-23281480284986925272008-06-09T09:22:00.000-07:002008-06-12T18:53:14.540-07:00"Quase Para Sempre" - Bosco Brasil<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SE1lDK_06-I/AAAAAAAAAgU/1_y1Qu-8pLI/s1600-h/LOGO_unirio.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://4.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SE1lDK_06-I/AAAAAAAAAgU/1_y1Qu-8pLI/s200/LOGO_unirio.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5209931449103608802" /></a>A vida segue independente da gente. Tomamos parte nas escolhas antes mesmo do corpo, no momento único, saber como vai reagir. O mundo doí, essa dor hora é divertida, hora é ainda mais divertida. Depende sempre de como o observador observa. O trágico na vida é absolutamente cómico, diante da morte a vida até parece ficção. O resto é alimento, o fogo queima e a a vida é de fato dionisíaca.<br /><br />"Quase Para Sempre" escrita por Bosco Brasil e dirigida por Roberto de Souza, fala dessa pulsão, desse grito que parece respiro do instante. Meu momento único, neste caso, foi a coxinha de galinha descendo pelo esófago.<br /><br />A montagem do curso de Direção da Uni-Rio está em cartaz na Sala Cinza da universidade, trata-se, por tanto, de uma prática de montagem, todos estão sendo avaliados, direção, elenco e técnicos.<br /><br />Roberto de Souza optou por transformar a cena em um ringue, um duelo crescente se estabelece. Os atores Joana Lerner, Juliana Delgado e Bernardo Lacombe, dão conta do recado. Os três parecem entender a tragetória dos personagens e tem a calma precisa dos bons atores. A direção é limpa e sem exageros. As transiçoes de cena são otimas, um respiro para o próximo roud. Os contra regras mudam a cena transformando o ringue. O cenário é criativo e colabora com a ideia de ringue, pondo a plateia dos dois lados do palco central. O figurino é simples e não compromete. A iluminação é profissional. A música é certeira e refresca em quanto os contra regras transformam a cena entre um ato e outro. As cenas são todas previamente anunciadas o que nos joga pra dentro da trama novamente. <br /><br />"Quase Para Sempre", apesar de toda dificuldade enfrentada pela produção, que não obteve verba para montagem, é uma peça que eleva a moral do teatro carioca. Gostaria de ver mais peças assim na cena do Rio.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04443710224656003137noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6941466400467590548.post-76900901371382367312008-06-09T08:18:00.000-07:002008-06-12T18:53:50.180-07:00Momento único. A Invisível companhia não é mais invisível<a href="http://4.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SFHQdlxqmdI/AAAAAAAAAjs/bY6LrcWnuvI/s1600-h/untitled.bmp"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://4.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SFHQdlxqmdI/AAAAAAAAAjs/bY6LrcWnuvI/s320/untitled.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5211175450619582930" /></a><br />A peça LIMITE me fez pensar - Vários foram meus momentos únicos. Únicos foram todos os momentos, só há momentos únicos. Únicos foram os momentos únicos! @##$%%¨¨& <br /><br />Parece que todos nós temos nossa missão pictórica, ou seja, a missão de ser a figura de um quadro, uma imagem, um recorte. O tempo todo observamos e somos observados, são tantos momentos únicos que não podem ser tantos.<br />A peça LIMITE, em cartaz na FOXFOBOX, da Invisível Companhia, toma para si a responsabilidade de nos brindar com um momento único. No principio é o coelho que invade. O coelho gigante parece sair da tela do cinema, um coelho triste? O fato é que é um coelho, que nos atravessa com sua imagem no tempo, no espaço. Depois são muitas as pessoas que passam na tela, carregando suas malas, se fundindo, misturando, gestos, formas, imagens, tela, cinema/teatro, musica, ritmo... Gente linda coisando, se deixando ser parte, sou parte logo existo!<br /><br />Os quatro atores (Fernanda Felix, Michel Blois, Pedro Henrique Monteiro e Thiare Maia) assumem sua posição no espaço. Pedro parece tentar adivinhar o que os outros fazem, uma espécie de Anti-narrador, se deixando levar pelo que ouve e imagina. Tudo inseguro! Há um mistério, alguém na plateia tem uma corneta, ao toque da corneta todos mergulham suas cabeças em um balde cheio de agua, permanecendo assim até o próximo toque da corneta, fôlego e a peça continua... e a vida continua. Em alguns momentos parece um jogo de improviso, ou um anti-improviso. Michel tem uma obrigação, Thiare manipula Michel. Imagens são produzidas... Cheiro de ovo frito. Pedro narra. Tudo ao mesmo tempo e separado. Há espaço. Há tempo. Há uma infinidade de imagens. O DJ é uma cabeça dispersa que as vezes reage, musica. Não posso dizer aqui o indizível, LIMITE. Vale tudo! Eles tem medo de verdade, estão a flor da pele.<br /><br />LIMITE é real, os atores estão ali de verdade - Risco.<br /><br />O resto eu só sinto, não entendo.<br /><br />Queridos Leitintes bom teatro é pra ser visto. Vejam LIMITE!Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04443710224656003137noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6941466400467590548.post-8613820681658425762008-06-07T13:00:00.000-07:002008-06-19T19:25:18.990-07:00Um Ariano Suassuna sem exageros<a href="http://1.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SFsVBrFFlTI/AAAAAAAAAnw/ygNxFy2IObo/s1600-h/O_SANTO_E_A_PORCA.png"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://1.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SFsVBrFFlTI/AAAAAAAAAnw/ygNxFy2IObo/s200/O_SANTO_E_A_PORCA.png" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5213784112099595570" /></a><br />Caros amigos leitintes, assisti ontem O Santo e a Porca de autoria do mestre Ariano. A direção de João Fonseca é sem exageros, quase tímida. O diretor tem se destacado na cena carioca com inúmeras montagens com seu grupo o F... Privilegiados e tem merecido a atenção de todos nós que figuramos pelos teatros a procura de algo que nos aqueça o coração. Foi exatamente isto que aconteceu logo no inicio da peça, ao abrir a cortina nos deparamos com um cenário digno das peças de Suassuna. Os atores entram em cena para cumprimentar a platéia e dar inicio a historia. Não é fácil montar Ariano Suassuna, a trajetória dos personagens nesta farsa beira a esquizofrenia, a começar pelo personagem Euricão, interpretado magicamente por Ewerton de Castro, <a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SErtWGd_wbI/AAAAAAAAAfU/yaWf4uGTWNU/s1600-h/06_MVB_cult_EwertondeCastro.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://4.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SErtWGd_wbI/AAAAAAAAAfU/yaWf4uGTWNU/s200/06_MVB_cult_EwertondeCastro.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5209236882956730802" /></a> o ator empresta todo seu carisma ao ingênuo avarento criado pelo mestre Ariano. O elenco parece entender que o carisma é a alma de uma boa farsa, todos os personagens estão defendidos com amor e profissionalismo. O casal, interpretado por Janaína Prado (Margarida) e Armando Babaioff (Dodô), <a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SErwJOTnjwI/AAAAAAAAAfc/8mbWbY6jfXY/s1600-h/13_321-armando-joana01.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://4.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SErwJOTnjwI/AAAAAAAAAfc/8mbWbY6jfXY/s200/13_321-armando-joana01.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5209239960257269506" /></a> faz gosto de ver, ela racional, sem perder o charme da mocinha e ele tentando ser feio conseguem tirar boas gargalhadas do público. Gláucia Rodrigues (Caroba) e Nilvan Santos (Pinhão) são os "amarelos", personagem sempre presente nas obras do mestre, ambos, logo se vê, são gente de teatro, adoro!. Alegria ver também o Élcio Romar <a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SErz_xugzPI/AAAAAAAAAfk/xB1rut--eKk/s1600-h/fotoelcio.gif"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://4.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/SErz_xugzPI/AAAAAAAAAfk/xB1rut--eKk/s200/fotoelcio.gif" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5209244196013133042" /></a> que interpreta o fazendeiro Eudoro, com sua voz potente é o galã das nossas meninas da melhor idade, tirou boas risadas utilizando sua capacidade vocal extraordinária. A atriz Duaia Assunpção sabe utilizar sua altura desengonçada e brinca de ser a irmã solteirona de Euricão, a Dona Benona. O figurino dialóga com tudo e colore a cena. A luz é fina. A direção arrisca pouco mas é precisa, João Fonseca parece ter preferido o caminho seguro da limpeza pra não atrapalhar o bom andamento da historia, é uma escolha. Direção é opinião!<br /><br />Queridos Leitinte, bom teatro é pra ser visto, por tanto, saia de casa, vá até o SESI na Av. Graça Aranha e veja O Santo e a Porca.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04443710224656003137noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6941466400467590548.post-676030179882767522007-05-08T11:43:00.000-07:002008-06-12T18:46:16.551-07:00Narrador - Narrativa e QUARTA PAREDE<div align="justify"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/RkDGWDcXbLI/AAAAAAAAAGY/IqsjKpnkeM8/s1600-h/Paget_holmes.png"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5062264063348141234" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/RkDGWDcXbLI/AAAAAAAAAGY/IqsjKpnkeM8/s400/Paget_holmes.png" border="0" /></a> <span style="font-size:180%;"><strong>O</strong> </span>narrador é a entidade que conta uma história. É uma das três entidades em uma história, sendo as outras o autor e o leitor/espectador. O <a title="Leitor" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Leitor">leitor</a> e o <a title="Autor" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Autor">autor</a> habitam o mundo real. É função do autor criar um mundo alternativo, com personagens e cenários e eventos que formem a história. É função do leitor entender e interpretar a história. Já o narrador existe no mundo da história (e apenas nele) e aparece de uma forma que o leitor possa compreendê-lo.<br />Em inglês, para delimitar essa distinção, o autor é referido por he, o leitor por she e o narrador por it.<br />O conceito de narrador irreal (em oposição ao <a title="Autor" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Autor">autor</a>) se tornou mais importante com o surgimento da <a title="Novela" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Novela">novela</a> no <a title="Século XIX" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Século_XIX">século XIX</a>. Até então, o exercício acadêmico de teoria literária investigava apenas a <a title="Poesia" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Poesia">poesia</a> (incluindo poemas épicos como a <a title="Ilíada" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ilíada">Ilíada</a> e dramas poéticos como os de <a title="Shakespeare" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Shakespeare">Shakespeare</a>). A maioria dos poemas não têm um narrador distinto do autor, mas as novelas, com seus mundos imersos na ficção, criaram um problema, especialmente quando o ponto de vista do narrador difere significativamente do ponto de vista do autor.<br />Uma boa história deve ter um narrador bem definido e consciente. Para este fim há diversas regras que governam o narrador. Esta entidade, com atribuições e limitação, não pode comunicar nada que não conheça, ou seja, só pode contar a história a partir do que vê. A isso se chama foco narrativo.</div><a href="http://3.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/RkDHnTcXbMI/AAAAAAAAAGg/c2Bk2pbqlS8/s1600-h/marcao.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5062265459212512450" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/RkDHnTcXbMI/AAAAAAAAAGg/c2Bk2pbqlS8/s400/marcao.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:180%;">Q</span></strong>uestões de foco são as que dizem respeito às condições em que se dá o ato narrativo.<br /></div><br /><div align="justify"><strong><span style="color:#cc0000;">Narrador:</span></strong> é o suposto emissor do discurso narrativo, uma entidade imaginária que não deve ser confundida com o autor do discurso, embora seja comum este assumir o papel de narrador.<br /></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc0000;"><strong>Narratário:</strong></span> é o hipotético receptor do discurso narrativo, entidade igualmente imaginária que não deve ser confundida com o receptor, embora seja comum o discurso destinar-se diretamente a ele.<br />Narrador e narratário são tipos especiais de personagens, mesmo quando não fazem parte da ação. Como personagens, podem ter história, aparência, caráter, ideologia e, no caso do narrador, principalmente estilo.<br />Há dois tipos de interação opostas do narrador com o universo narrativo. O primeiro é a condição de narrador-personagem.<br /></div><br /><div align="justify"><strong><span style="color:#cc0000;">Narrador personagem:</span></strong> está inserido no universo narrativo sobre o qual narra. Ele pode ser protagonista, personagem de pouca atuação ou apenas observador. </div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#cc0000;">Narrador etéreo:</span></strong> não está inserido no universo narrativo: é como se vagasse no éter e as contingências do universo narrativo não o atingissem, nem ele tampouco pudesse interagir com este. Do mesmo modo pode-se falar em:<br /></div><br /><div align="justify"><strong><span style="color:#cc0000;">Narratário personagem:</span></strong> está inserido no universo ficcional e hipoteticamente tem história, aparência, caráter, etc.<br /></div><br /><div align="justify"><strong><span style="color:#cc0000;">Narratário etéreo:</span></strong> está à margem do universo narrativo e pode ser construído de diversas formas pelo autor: como platéia, grupo diferenciado, personagem específico ou como uma entidade abstraída de todos os atributos que não sejam o de receber a narrativa.<br /></div><br /><div align="justify"><strong><span style="color:#cc0000;">Transferência:</span></strong> ocorre quando o narrador toma para si as impressões, reações, idéias que são do personagem.<br />Narração primária e narrativa na narrativa: é comum narrativa em que um personagem se põe a narrar, via discurso direto. A diferença dessa narrativa para a primária é que a narração de personagem é uma ação da fábula. A narrativa primária é externa à fábula.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:verdana;font-size:180%;color:#666666;">Quarta Parede</span></strong></div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">A quarta parede é uma parede imaginária situada na frente do palco do <a title="Teatro" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro">teatro</a>, através da qual a plateia assiste passiva à acção do mundo encenado. A origem do termo é incerta, mas presume-se que o conceito tenha surgido no <a title="Século XX" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Século_XX">século XX</a>, com a chegada do teatro <a class="new" title="Realismo (arte)" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Realismo_%28arte%29&action=edit">realista</a>.</div><br /><div align="justify"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5062267688300539090" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/RkDJpDcXbNI/AAAAAAAAAGo/dcaJ5RrgCt0/s400/mapa-palco.jpg" border="0" /></div><br /><br /><br /><p><strong><span style="font-size:180%;color:#666666;">Origem e significado</span></strong></p><p align="justify"><span style="font-size:100%;"><span style="color:#ffffff;">Apesar de ter surgido no teatro, onde os palcos, geralmente de três paredes, apresentam mais literalmente uma "quarta parede", o termo é usado em outros mídia, como </span><a title="Cinema" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cinema"><span style="color:#ffffff;">cinema</span></a><span style="color:#ffffff;">, </span><a title="Televisão" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Televisão"><span style="color:#ffffff;">televisão</span></a><span style="color:#ffffff;"> e </span><a title="Literatura" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura"><span style="color:#ffffff;">literatura</span></a><span style="color:#ffffff;">, geralmente para se referir à divisória entre a ficção e a audiência.<br />A quarta parede é parte da </span><a class="new" title="Suspensão de descrença" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Suspens%C3%A3o_de_descren%C3%A7a&action=edit"><span style="color:#ffffff;">suspensão de descrença</span></a><span style="color:#ffffff;"> entre o trabalho fictício e a plateia. A plateia normalmente aceita passivamente a presença de uma quarta parede sem pensar nela directamente, fazendo com que uma encenação seja tomada como um evento real a ser assistido. A presença de uma quarta parede é um dos elementos mais bem estabelecidos da ficção e levou alguns artistas a voltarem a sua atenção para ela como efeito dramático. Por exemplo, na peça The Fourth Wall de </span><a class="new" title="A.R. Gurney" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=A.R._Gurney&action=edit"><span style="color:#ffffff;">A.R. Gurney</span></a><span style="color:#ffffff;">, quatro personagens lidam com a obsessão da dona de casa Peggy por uma parede em branco na sua casa, lentamente sendo desenvolvida numa série de </span><a class="new" title="Cliché" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Clich%C3%A9&action=edit"><span style="color:#ffffff;">clichés</span></a><span style="color:#ffffff;"> teatrais, enquanto toda a mobília e a acção em cena vão cada vez mais se dirigindo à suposta quarta parede.</span></span></p><p align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:180%;color:#666666;"><strong>Derrubando a quarta parede</strong></span></p><a href="http://1.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/RkDMGzcXbOI/AAAAAAAAAGw/NpwSVyemMrE/s1600-h/08-11-04.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5062270398424902882" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_kd7sJ66MmHw/RkDMGzcXbOI/AAAAAAAAAGw/NpwSVyemMrE/s400/08-11-04.jpg" border="0" /></a> <p align="justify"><span style="font-size:180%;"><strong>O</strong> </span>acto de derrubar a quarta parede é usado no cinema, no teatro, na televisão e na arte escrita, originado da teoria do <a class="new" title="Teatro épico" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Teatro_%C3%A9pico&action=edit">teatro épico</a> de <a title="Bertolt Brecht" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bertolt_Brecht">Bertolt Brecht</a>, que ele desenvolveu a partir (e, curisamente, para constrastar com) a teoria do drama de <a class="new" title="Konstantin Stanislavski" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Konstantin_Stanislavski&action=edit">Konstantin Stanislavski</a>. Refere-se a uma personagem dirigindo a sua atenção para a plateia, ou tomando conhecimento de que as personagens e acções não são reais. O efeito causado é que a plateia lembra-se de que está a ver ficção, e isso pode eliminar a supensão de descrença. Muitos artistas usaram esse efeito para incitar a plateia a ver a ficção sob outro ângulo e assisti-la de forma menos passiva. <a title="Bertolt Brecht" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bertolt_Brecht">Bertolt Brecht</a> estava ciente que derrubar a quarta parede iria encorajar a plateia a assistir a peça de forma mais critíca, o chamado <a class="new" title="Efeito de alienação" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Efeito_de_aliena%C3%A7%C3%A3o&action=edit">efeito de alienação</a>.<br />Derrubar a quarta parede de forma súbita é um recurso bastante usado para um efeito <a title="Humor" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Humor">humorístico</a> <a title="Non Sense" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Non_Sense">Non Sense</a>, já que tal efeito é inesperado em ficções narrativas e afins. Alguns acreditam que derrubar a quarta parede causa um distanciamento da suspensão de descrença a ponto de constrastar com o humor de uma história. No entanto, quando usada de forma consistente ao longo da história, é geralmente incorporada ao estado passivo da plateia.<br />Essa exploração da familiaridade de uma plateia com as convenções da ficção é um elemento chave em muitos trabalhos definidos como <a class="new" title="Pós-modernista" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=P%C3%B3s-modernista&action=edit">pós-modernistas</a>, que descontroem as regras pré-estabelecidas da ficção. A ficção que derruba ou directamente se refere à quarta parede muitas vezes também usa outros recursos pós-modernistas, como <a class="new" title="Meta-linguagem" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Meta-linguagem&action=edit">meta-linguagem</a>.<br />O recurso é muito usado no teatro improvisado, aonde a plateia é convidada a interagir com os actores em certos pontos, como para escolher a resolução de um mistério. Nesse caso, os espectadores são tratados como testemunhas da acção em andamento, tornando-se "actores", atravessando a quarta parede.<br />A quarta parede também é usada como parte da narrativa, quando a personagem descobre que faz parte de uma ficção e 'derruba a quarta parede' para estabelecer um contacto com a audiência, em filmes como <a class="new" title="O Último Grande Herói" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=O_%C3%9Altimo_Grande_Her%C3%B3i&action=edit">O Último Grande Herói</a> (<a class="new" title="Last Action Hero" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Last_Action_Hero&action=edit">Last Action Hero</a>. Em situações como esta, a 'quarta parede' que a personagem derruba permanece parte da narrativa em si e a parede entre a plateia real e a ficção permanece intacta. Há casos também em que a criatura encontra o criador, como no período em que <a title="Grant Morrison" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Grant_Morrison">Grant Morrison</a> escrevia as <a title="Banda desenhada" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Banda_desenhada">histórias em quadrinhos</a> do <a title="Homem Animal" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Homem_Animal">Homem Animal</a>. Histórias como estas não derrubam efectivamente a quarta parede, e sim apenas referem-se a esse recurso.</p>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/04443710224656003137noreply@blogger.com0